tag:blogger.com,1999:blog-284349452024-03-08T12:42:38.570+00:00Porto CroftPortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.comBlogger124125tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-49407617062919087352012-12-17T01:31:00.006+00:002012-12-17T03:08:50.547+00:00Se<iframe width="470" height="264" src="http://www.youtube.com/embed/4CDjUQjPpHA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-86946701608444804142010-06-09T21:17:00.012+01:002012-12-17T03:08:50.578+00:00As Lágrimas Estão Todas na Garganta do Mar<img alt="Isabel Mendes Ferreira - As Lágrimas Estão Todas na Garganta do Mar" class="alignnone" src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Mendes-Ferreira_lagrima.jpg" /><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman;">É minha firme opinião, que a Isabel Mendes Ferreira, para além de uma excelente artista plástica - representada em várias colecções particulares, na Europa e nas américas, é a nossa melhor Poeta contemporânea. Já o disse, redisse, escrevi e rescrevi, que “ler Isabel Mendes Ferreira é como assistir ao descerrar de auroras, cantando e reinventado palavras de diferentes paladares por detrás dos fiapos da memória e da respiração das manhãs”, e continuarei a dizer e a escrever o mesmo, enquanto não aparecer no actual panorama literário português, alguém que altere esta convicção, formada desde o dia em que a descobri e de que não esqueço a forte impressão que senti ao lê-la: uma pedrada na “modorra” instalada.</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman;">Ninguém actualmente escreve como a Isabel Mendes Ferreira: nem com a profundidade nem com o estilo, nem com a qualidade que lhe advém do domínio absoluto da escrita e de um jogo de palavras soberbo. </span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman;">Como se pode ler no posfácio, “O sentido ambíguo da sua escrita, converte-se no que o excede e onde ser o mesmo é ser outro de si (é outrar-se, como diz Fernando Pessoa), o que apela à desconstrução do discurso tradicional”.</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman;">Para mim, é pois, extremamente gratificante falar do novo livro de uma escritora e poeta, despojada de falsas crenças da unidade da consciência identitativa, de uma escritora que transporta os verbos que ainda não estão corroídos, pervertidos, subvertidos, gastos, e que com ela voltam fantásticos, imortais, castos e vestidos de denso sentir.</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman;">Este, o seu décimo terceiro, é um livro que me fascina, aprecio-lhe o cheiro das areias do deserto e a cor do cair da noite quantas vezes ruborizada de pudor e aureolada de luminosidade divina, um livro para ler e reler, uma instância de retemperação. Um livro com chancela da Arcádia, onde voltaremos amiúde e que está a partir de hoje à venda em todas as livrarias Babel.</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman;">"As Lágrimas Estão Todas na Garganta do Mar", integra uma novíssima colecção de poesia, iniciada por David Mourão Ferreira e onde é o terceiro título.</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman;">Por: José Pires F</span></span></span></div>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-50201163504972637522010-03-21T20:49:00.006+00:002012-12-17T03:08:50.548+00:00O engateé uma ameaça encontrar-te à esquina das ruas<br/>rente aos grandes cinemas do mar<br/>como se fosses o espelho côncavo de feira<br/>onde posso mergulhar e renegar-me<br/><br/>sim<br/>se olhares o céu lúgubre deste fim de século<br/>se fizeres um movimento de farol com o cigarro<br/>eu - que vou a passar - tudo verei<br/>mas nada será meu<br/>porque não se pode falar com o espectro mudo<br/>do engate - nem o desejo se levantará<br/>para seduzir o corpo daquele que se ausentou<br/><br/>mesmo assim conheço<br/>todas as esquinas da imunda cidade que amo<br/>mesmo assim sofro de insónias - imito o noitibó<br/>o bêbado louco<br/>gesticulo como aquele que já não sou e<br/>outro não serei<br/><br/>mantenho-me de pé e fumo<br/>dentro deste túmulo de incertezas onde<br/>nos encostámos de mãos enlaçadas à espera<br/>que uma qualquer cesura nos agonie e sejamos<br/>obrigados a vender o corpo já usado<br/>aos insuspeitos violadores de poemas<br/><br/>Al BertoPortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-12298406119548878842010-01-25T02:24:00.006+00:002012-12-17T03:08:50.490+00:00Aurora<table width="100%" border="0"><tr>
<td><br />
<div align="center"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/aurora-borealis-maine.jpg" width="450" height="338"/></div><br />
</td>
</tr>
<tr>
<td><div align="center"><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" width="290" height="24" id="audioplayer1">
<param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/RuiAmaralMendes-Aurora.mp3" /><param name="quality" value="high" /><param name="menu" value="false" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /></object></div></td>
</tr>
<tr>
<td> </td>
</tr>
<tr>
<td><p><strong>aspiro aurora que conduz a <br />
doces deambulações <br />
pelo mundo dos afectos <br />
em manhãs tardes e suaves entardeceres <br />
até ao ocaso final </strong></p><br />
<p><strong>matinal é o desejo <br />
mas não a sua natureza intrínseca <br />
pois essa é pertença de todos os tempos <br />
percorrer esse cosmos <br />
com o denodo de estóicos espíritos <br />
todavia abertos <br />
plenos de vida <br />
cheios de si e dos outros <br />
que não temem <br />
muito menos aceitam <br />
os dilapidadores éditos de terceiros <br />
ou de recônditos lugares interiores </strong></p><br />
<p><strong>tentar o amor entre elementos contrários <br />
arrostando na água amar o fogo <br />
sim ousar o impossível <br />
sim ousar falhar <br />
sim ousar tentar ainda que perecendo na tentativa <br />
lutar contra os quixotescos gigantes <br />
que toldam a existência de papel quiçá <br />
para por fim constatar <br />
que mais não eram do que simples moinhos de vento </strong></p><br />
<p><strong>existir <br />
no fundo somente viver <br />
assentindo a concessão dos acasos <br />
que compomos na busca do outro <br />
de nós do outro em nós e de nós no outro <br />
então talvez um vetusto lúgubre ocaso <br />
dê lugar a uma novel aurora de veludo </strong></p><br />
<p><strong>Rui Amaral Mendes</strong><br />
<em>(Na luz do crepúsculo)</em></p></td>
</tr>
<tr>
<td><br />
<div align="right">Rui Amaral Mendes, aqui e no <a href="http://porto-fragil.blogspot.com/" target="_blank">Frágil</a></div><br />
</td>
</tr>
</table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-32492343246563436812010-01-09T20:00:00.006+00:002012-12-17T03:08:50.533+00:00Postais do Tempo - Construção<table width="100%" height="731" border="0"><tr> <td height="340"><div align="right"></div><br />
<div align="center"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-161.jpg" width="450" height="338"/></div></td> </tr>
<tr> <td height="21"><div align="center"><br />
<em>[All photographs © by M.João: all rights reserved]</em></div></td> </tr>
<tr bgcolor="#666666"> <td height="22" bgcolor="#666666"><span><font size="4" color="white">Maria Bethânia - Casinha Branca </font></span> <font size="2" color="yellow"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=P8BIpRfB1vU&mode=related&search=" target="_blank"><font color="#FFFF00">(Veja Vídeo)</font></a></font></td> </tr>
<tr> <td height="26"><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" width="290" height="24" id="audioplayer1"> <param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/Maria_Bethania-Casinha_Branca.mp3" /><param name="quality" value="high" /><param name="menu" value="false" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /></object></td> </tr>
<tr> <td height="306"><div align="justify"><br />
<p><strong>Da vida, principalmente.<br />
Tenta-se que vá fazendo o seu curso caótico, enquanto suscita lembranças.<br />
De preferência boas.<br />
Quem gostaria de ser classificado como um desajeitado ou um rezingão?</strong></p><br />
<p><strong>Ãh?… nada disso importa? … <br />
Só diz tal coisa quem não atura memórias difíceis.</strong></p><br />
<p><strong>Conheço quem gostaria de ser recordado como um pequeno Gandi, outros como pequenos Freud, como Madres Teresa, Madames Curie, Padeiras de Aljubarrota.<br />
Outros prefeririam ter sido Mata Hari, Callas, Picasso, Mozart ou Baudelaire. <br />
Mas há quem apenas deseje deixar um rasto de Zé Ninguém.</strong></p><br />
<p><strong>Construção por construção, escolheria deixá-la em dois passarinhos enfeitando o pátio de uma “Casinha branca”.</strong></p><br />
<p><strong>Maria João</strong></p><br />
</div></td> </tr>
</table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-10645069035233401772009-12-31T20:14:00.006+00:002012-12-17T03:08:50.488+00:00O último dia<table width="100%" border="0"><tr>
<td><br />
<div align="center"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Ano_Novo.jpg" width="450" height="307"/></div><br />
</td>
</tr>
<tr>
<td> </td>
</tr>
<tr>
<td><strong>O último dia do ano<br />
Não é o último dia do tempo.<br />
Outros dias virão<br />
E novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida.<br />
Beijarás bocas, rasgarás papéis,<br />
Farás viagens e tantas celebrações<br />
De aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com sinfonia<br />
E coral,<br />
</strong><br />
<p><strong>Que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor,<br />
Os irreparáveis uivos<br />
Do lobo, na solidão.</strong></p><br />
<p><strong>O último dia do tempo<br />
Não é o último dia de tudo.<br />
Fica sempre uma franja de vida<br />
Onde se sentam dois homens.<br />
Um homem e seu contrário,<br />
Uma mulher e seu pé,<br />
Um corpo e sua memória,<br />
Um olho e seu brilho,<br />
Uma voz e seu eco.<br />
E quem sabe até se Deus…</strong></p><br />
<p><strong>Recebe com simplicidade este presente do acaso.<br />
Mereceste viver mais um ano.<br />
Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos.</strong></p><br />
<p><strong>Teu pai morreu, teu avô também.<br />
Em ti mesmo muita coisa, já se expirou, outras espreitam a morte,<br />
Mas estás vivo. Ainda uma vez estás vivo,<br />
E de copo na mão<br />
Esperas amanhecer.</strong></p><br />
<p><strong>O recurso de se embriagar.<br />
O recurso da dança e do grito,<br />
O recurso da bola colorida,<br />
O recurso de Kant e da poesia,<br />
Todos eles… e nenhum resolve.</strong></p><br />
<p><strong>Surge a manhã de um novo ano.</strong></p><br />
<p><strong>As coisas estão limpas, ordenadas.<br />
O corpo gasto renova-se em espuma.<br />
Todos os sentidos alerta funcionam.<br />
A boca está comendo vida.<br />
A boca está entupida de vida.<br />
A vida escorre da boca,<br />
Lambuza as mãos, a calçada.<br />
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.</strong></p><br />
<p><strong>Carlos Drummond de Andrade</strong></p></td>
</tr>
<tr>
<td><br />
<div align="right">Rui Amaral Mendes, aqui e no <a href="http://porto-fragil.blogspot.com/" target="_blank">Frágil</a></div><br />
</td>
</tr>
</table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-43820951359864512092009-12-31T10:00:00.006+00:002012-12-17T03:08:50.544+00:00Postais do Tempo - Éter<table width="100%" height="1101" border="0"><tr>
<td height="21"><div align="right"></div><br />
<div align="center"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-160.jpg" width="450" height="636"/></div></td>
</tr>
<tr>
<td height="21"><div align="center"><br />
<em>[All photographs © by M.João e A.C.: all rights reserved]</em></div></td>
</tr>
<tr bgcolor="#666666">
<td height="22" bgcolor="#666666"><span><font size="4" color="white">Jeff Buckley - Hallelujah</font></span> <font size="2" color="yellow"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=HKnxmkOAj88" target="_blank"><font color="#FFFF00">(Veja Vídeo)</font></a></font></td>
</tr>
<tr>
<td height="26"><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" width="290" height="24" id="audioplayer1">
<param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/JeffBuckley-Hallelujah.mp3" /><param name="quality" value="high" /><param name="menu" value="false" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /></object></td>
</tr>
<tr>
<td height="382"><div align="justify"><br />
<p><strong>Que gritos são estes? Que fazemos aqui? <br />
Delicados ou agressivos, a que vimos quando entramos neste vazio?<br />
Blogosfera, mundo virtual, éter, chamam-lhe alguns. <br />
Brados de <em>“Aleluia”</em>, diria eu. </strong></p><br />
<p><strong>Os blogues são a coisa menos delicada que conheço.<br />
Ainda que íntimos, podem revelar uma perenidade brutal. <br />
Da pobreza mais envergonhada, à mais abjecta prosápia,<br />
da catarse mais poética, à mais descarada jactância, <br />
são tudo o que um texto ilustrado sabe fazer. <br />
Num colorido menos puro do que o verde cósmico,<br />
constroem exercícios espirituais, críticas e ironias,<br />
gerando ondas gravitacionais à escala humana.</strong></p><br />
<p><strong>Como todos sabem, delicados, mesmo, são os Dim Sum,<br />
uma poeira de estrelas tão inofensiva, na sua cozedura a vapor.<br />
Com votos de bom 2010, eis um postal menos aprimorado do que eles.<br />
Na imagem há restos de gomas nos dentes, mas vamos já lavá-los. </strong></p><br />
<p><strong>Maria João</strong></p><br />
</div></td>
</tr>
</table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-41228538751428445972009-12-27T11:51:00.006+00:002012-12-17T03:08:50.540+00:00Uma visão...<table width="100%" border="0"><tr>
<td><br />
<div align="center"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Declaration_Of_Independence.jpg" width="450" height="295"/></div><br />
</td>
</tr>
<tr>
<td> </td>
</tr>
<tr>
<td><br />
<p align="justify"><strong>Porquê reclinar-se, interrogar-se? Porquê eu e todos adormecidos? <br />
Que sombrio crespúsculo - escória flutuando sobre as águas! <br />
Quem são esses que como morcegos e cães nocturnos estão à espreita no capitólio? <br />
Que Presidência imunda! (Oh, tórridos sóis do Sul! Oh, gelos árcticos do Norte!) <br />
Serão esses os verdadeiros congressistas? Serão esses os grandes juízes? É esse o Presidente? <br />
Então vou dormir um pouco, pois vejo que estes Estados dormem, por alguma razão; <br />
(Entre densas sombras, com o rugido do trovão todos acordaremos em devido tempo, <br />
O Sul, o Norte, o Este, o Oeste, o interior e o litoral, com certeza que todos acordaremos.) </strong></p><br />
<p align="justify"><strong>Walt Whitman</strong></p></td>
</tr>
<tr>
<td><br />
<div align="right">Rui Amaral Mendes, aqui e no <a href="http://porto-fragil.blogspot.com/" target="_blank">Frágil</a></div><br />
</td>
</tr>
</table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-51701898374402957812009-12-21T12:05:00.006+00:002012-12-17T03:08:50.555+00:00Postais do Tempo - Delicadezas<table width="100%" height="507" border="0"><tr>
<td width="50%" height="170"><div align="right"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-158.jpg" width="224" height="168"/></div></td>
<td width="50%" height="170"><div align="left"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-159.jpg" width="224" height="168"/></div></td>
</tr>
<tr>
<td height="21" colspan="2"><div align="center"><em>Dim Sum e Hallaca</em><br />
<em>[All photographs © by M.João : all rights reserved]</em></div></td>
</tr>
<tr bgcolor="#666666">
<td height="22" colspan="2" bgcolor="#666666"><span><font size="4" color="white">Pink Martini - Kikuchiyo To Mohshimasu</font></span> <font size="2" color="yellow"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=pdlxAMuCfNM&feature=related" target="_blank"><font color="#FFFF00">(Veja Vídeo)</font></a></font></td>
</tr>
<tr>
<td height="26" colspan="2"><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" width="290" height="24" id="audioplayer1">
<param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/Pink_Martini-Kikuchiyo_To_Mohshimasu.mp3" /><param name="quality" value="high" /><param name="menu" value="false" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /></object></td>
</tr>
<tr>
<td height="21" colspan="2"><div align="justify"><br />
<p><strong>O Dim Sum é a coisa mais delicada que conheço. <br />
Coisa-refeição, não coisa-gente ou pedaço de gente, nem coisa-pensamento, nem coisa-intenção. Nada dessas delicadezas cognoscíveis e transcendentais.<br />
Quando me deleito a sonhar com delicadezas - para combater a crise - vem-me logo à ideia o Dim Sum. Outras vezes, tu, o mar e os pinhais vêm primeiro.</strong></p><br />
<p><strong>São pequenos bolos salgados ou agridoces - cozidos no vapor, ou fritos - envolvidos em massa fina de pão, recheados de peixe, marisco, carne, ou legumes.<br />
Onde me foram apresentados, serviam-se com chá, num pequeno almoço tardio. <br />
E eram, durante todo o ano, a festa do encontro. Transportavam-se a fumegar, dentro de recipientes de bambu, numa aura informal de comemoração. Aquela que construímos com amigos e que experimentei com a saudosa Miss Aura, que mos deu a provar no Oriente.</strong></p><br />
<p><strong>Por falar em delicadezas, acompanhei recentemente, durante 48 horas emocionantes, uma refeição mais elaborada, confeccionada por amigas venezuelanas: a Hallaca. <br />
Quem queira saber melhor do que se trata, poderá pesquisar na net. Para encurtar, diria que é a antítese duma refeição de crise e serve-se no Natal. Leva muitas carnes, muitos recheios latino-americanos e europeus e demora um ror de tempo a cozinhar. </strong></p><br />
<p><strong>São delicadezas assim que curam lamentos destes: “<em>Kikuchiyo To Mohshimasu… Furueteta... furueteta… Itsuka sahishiku, itsuka sabishiku… Nureteita....nureteita</em>” (Her name was Kikuchiyo… Why this sadness... why this sadness?… And then, the blush in her tender cheeks…Turned to tears… lonely tears) </strong></p><br />
<p><strong>Maria João</strong></p><br />
</div></td>
</tr>
</table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-51039521475940240632009-12-16T10:42:00.006+00:002012-12-17T03:08:50.553+00:00Postais do Tempo - Tédio<table width="100%" height="672" border="0"><tr> <td width="50%" height="21"><div align="right"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-154.jpg" width="224" height="168"/></div></td> <td width="50%" height="21"><div align="left"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-155.jpg" width="224" height="168"/></div></td> </tr>
<tr> <td height="21"><div align="right"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-156.jpg" width="224" height="168"/></div></td> <td height="21"><div align="left"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-157.jpg" width="224" height="168"/></div></td> </tr>
<tr> <td height="21" colspan="2"><div align="center"><em>Sintra - Portugal</em><br />
<em>[All photographs © by M.João : all rights reserved]</em></div></td> </tr>
<tr bgcolor="#666666"> <td height="22" colspan="2" bgcolor="#666666"><span><font size="4" color="white">Nigel Kennedy - Winter</font></span> <font size="2" color="yellow"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=z--FGpVK15E&feature=related" target="_blank"><font color="#FFFF00">(Veja Vídeo)</font></a></font></td> </tr>
<tr> <td height="26" colspan="2"><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" width="290" height="24" id="audioplayer1"> <param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/Nigel_Kennedy-Vivaldi-Winter.mp3" /><param name="quality" value="high" /><param name="menu" value="false" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /></object></td> </tr>
<tr> <td height="21" colspan="2"><div align="justify"><br />
<p><strong>Dizem que há mais tédio no Inverno, a partir do solstício. Discordo.<br />
Se é neste tempo que se espreitam, pela transparência das ramadas, os mais longínquos lugares e os mais recônditos ninhos de humanos, haverá tédio nisto?</strong></p><br />
<p><strong>Aceito que seja diferente de vogar deleitadamente ao Sol, no pino do Verão. <br />
Mas não sei se trocaria isso pelo tédio do Inverno.<br />
Tão íntimo e privado, tão intransmissível.<br />
Gosto dele, desta distensão fresca e moderada.<br />
Desta hibernação.<br />
Vivaldi decerto concordaria. </strong></p><br />
<p><strong>Maria João</strong></p><br />
</div></td> </tr>
</table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-64162743628900730342009-12-07T20:18:00.006+00:002012-12-17T03:08:50.563+00:00Postais do Tempo - Clima<table width="100%" border="0"><tr>
<td width="50%" height="21"><div align="right"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-150.jpg" width="224" height="168"/></div></td>
<td width="50%" height="21"><div align="left"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-151.jpg" width="224" height="168"/></div></td>
</tr>
<tr>
<td height="21"><div align="right"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-152.jpg" width="224" height="168"/></div></td>
<td height="21"><div align="left"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-153.jpg" width="224" height="168"/></div></td>
</tr>
<tr>
<td height="21" colspan="2"><div align="center"><em>Portugal</em><br />
<em>[All photographs © by M.João : all rights reserved]</em></div></td>
</tr>
<tr bgcolor="#666666">
<td colspan="2" bgcolor="#666666"><span><font size="4" color="white">Dulces Pontes - Canção do Mar</font></span> <font size="2" color="yellow"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=MSIGWEcR5Dc" target="_blank"><font color="#FFFF00">(Veja Vídeo)</font></a></font></td>
</tr>
<tr>
<td height="26" colspan="2"><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" width="290" height="24" id="audioplayer1">
<param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/DulcePontes-CancaodoMar.mp3" /><param name="quality" value="high" /><param name="menu" value="false" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /></object></td>
</tr>
<tr>
<td height="21" colspan="2"><div align="justify"><br />
<p><strong>Dizem e mostram os media que ‘Stop Climate Chaos’ “é o slogan de milhares de activistas nas cidades europeias para pressionar os líderes mundiais a alcançarem um acordo climático global na cimeira da ONU sobre as alterações climáticas”, que começa hoje em Copenhaga, onde será discutido o sucessor do protocolo de Quioto. </strong></p><br />
<p><strong>Por cá, tudo em sossego. </strong></p><br />
<p><strong>Na capital, vemos o habitual distanciamento destas coisas, tão impertinentes e barulhentas.<br />
A Serra da Estrela já tem neve, no norte e centro do país ocorrem umas cheiazitas, no litoral alentejano pesca-se e no Algarve faz-se praia. </strong></p><br />
<p><strong>Que mais pedir à natureza? <br />
Que deveríamos temer, afinal?</strong></p><br />
<p><strong>Maria João</strong></p><br />
</div></td>
</tr>
</table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-26111898856001148462009-11-30T11:29:00.006+00:002012-12-17T03:08:50.532+00:00Postais do Tempo - Saúde<table width="100%" border="0"><tr> <td width="50%" height="21"><div align="right"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-146.jpg" width="224" height="168"/></div></td> <td width="50%" height="21"><div align="left"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-147.jpg" width="224" height="168"/></div></td> </tr>
<tr> <td height="21"><div align="right"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-148.jpg" width="224" height="300"/></div></td> <td height="21"><div align="left"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-149.jpg" width="224" height="300"/></div></td> </tr>
<tr> <td height="21" colspan="2"><div align="center"><em>Várzea de Colares e Banzão - Sintra</em><br />
<em>[All photographs © by M.João : all rights reserved]</em></div></td> </tr>
<tr bgcolor="#666666"> <td colspan="2" bgcolor="#666666"><span><font size="4" color="white">Adriana Calcanhoto - Esquadros</font></span> <font size="2" color="yellow"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=EeNUsrw8qA8" target="_blank"><font color="#FFFF00">(Veja Vídeo)</font></a></font></td> </tr>
<tr> <td height="26" colspan="2"><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" width="290" height="24" id="audioplayer1"> <param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/AdrianaCalcanhoto-Esquadros.mp3" /><param name="quality" value="high" /><param name="menu" value="false" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /></object></td> </tr>
<tr> <td height="306" colspan="2"><div align="justify"><br />
<p><strong>O cúmulo do azar seria estes plátanos finarem-se. Ou, apenas, adoecerem.<br />
Já ouvi dizer que andavam engripados, envelhecidos e com artroses.<br />
Já os podaram tanto, que receiam ficar cancerosos.<br />
Já os regaram com gasolina e quase os queimaram.<br />
Mas lá têm continuado a resistir aos danos.</strong></p><br />
<p><strong>Na Primavera, saem estremunhados da hibernação e espreguiçam-se, verdejantes. <br />
No Verão, frondosos, ensombram o ondular dos gansos e o balouçar das crianças. <br />
No Outono, aturdidos e azamboados, deliram com a fumaça das queimadas. <br />
No Inverno, divertidos, os ramos nus rabiscam arabescos natalícios no céu. </strong></p><br />
<p><strong>Como se usassem ‘Esquadros’, são o cenário da festa na várzea.<br />
A ribeira e a adega matam-lhes a sede e alimentam-nos.<br />
O cúmulo da sorte será continuar a haver saúde desta.</strong></p><br />
<p><strong>Maria João</strong></p><br />
</div></td> </tr>
</table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-77836214204820658832009-11-24T21:14:00.006+00:002012-12-17T03:16:59.536+00:00Postais do Tempo - Casa<table border="0" style="width: 100%px;"><tbody>
<tr> <td colspan="2" height="21"><div align="center"><img height="239" src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-145.jpg" width="450" /></div></td> </tr>
<tr> <td colspan="2" height="21"><div align="center"><em>[All photographs © by M.João : all rights reserved]</em></div></td> </tr>
<tr bgcolor="#666666"> <td bgcolor="#666666" colspan="2"><span style="color: white; font-size: medium;">Caetano Veloso - Oração ao Tempo</span> <span style="color: yellow; font-size: x-small;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=2NUdznkCZ74" target="_blank"><span style="color: yellow;">(Veja Vídeo)</span></a></span></td> </tr>
<tr> <td colspan="2" height="26"><object data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" height="24" id="audioplayer1" type="application/x-shockwave-flash" width="290"> <param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/CaetanoVeloso-OracaodoTempo.mp3" /><param name="quality" value="high" /><param name="menu" value="false" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /></object></td> </tr>
<tr> <td colspan="2" height="97" width="50%"><div align="justify"><strong>As manhãs de qualquer criatura despertam o avatar, <br />
mestre em vigílias longas, prestes a entrar na fervura.<br />
Pelas portas, a casa mira os fractais na costa, <br />
no vapor saindo dos tachos, na poeira dos corredores <br />
e nos padrões que perseguem os espelhos.</strong><br />
<br />
<strong>A <em>“Oração ao Tempo”</em> dispara no youtube. </strong><br />
<br />
<strong>Tempos soltos da música contagiam a estante hirta,<br />
as estrias de corpos suados e o cómico amor dos mangás.<br />
Vibram na passadeira, no puxador que guarda segredos, <br />
nos talheres desalinhados, no teclado que adivinha o texto<br />
e nas flores que não vão murchar.</strong><br />
<br />
<strong>Maria João</strong><br />
<br />
</div></td> </tr>
</tbody></table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-71716028054137027332009-11-16T19:06:00.006+00:002012-12-17T03:19:36.076+00:00Postais do Sonho - Espíritos<table width="100%" border="0"><tr>
<td height="21" colspan="2"><div align="center"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-144.jpg" width="450" height="338"/></div></td>
</tr>
<tr>
<td height="21" colspan="2"><div align="center"><em>Eixo N-S, Monsanto e Zoo - Lisboa</em><br />
<em>[All photographs © by M.João : all rights reserved]</em></div></td>
</tr>
<tr bgcolor="#666666">
<td colspan="2" bgcolor="#666666"><span><font size="4" color="white">Gluck - Danza degli Spiriti</font></span> <font size="2" color="yellow"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=TFjzf4CkxyQ" target="_blank"><font color="#FFFF00">(Veja Vídeo)</font></a></font></td>
</tr>
<tr>
<td height="26" colspan="2"><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" width="290" height="24" id="audioplayer1">
<param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/Gluck-DanzaDegliSpiriti.mp3" /><param name="quality" value="high" /><param name="menu" value="false" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /></object></td>
</tr>
<tr>
<td width="50%" height="192" colspan="2"><div align="justify"><br />
<p><strong>A <em>“Dança dos espíritos”</em> ecoa no eixo Norte-Sul<br />
Vela pelo sono dos animais do Zoo</strong></p><br />
<p><strong>Harpas e violinos ninam possantes hipopótamos<br />
O ronronar dos motores embala leões a adormecer<br />
Ursos e girafas tombam enroscados em crocodilos<br />
Ninguém buzina para não sobressaltar os elefantes</strong></p><br />
<p><strong>Os olhos da pantera vigiam no escuro<br />
Tamanho sossego inquieta-a</strong></p><br />
<p><strong>A flauta tenta hipnotizá-la</strong></p><br />
<p><strong>Maria João</strong></p><br />
</div></td>
</tr>
</table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-67039847852773958242009-11-09T18:12:00.006+00:002012-12-17T03:20:18.574+00:00Postais do Sonho - 2 Tempos<table width="100%" border="0"><tr>
<td height="21" colspan="2"><div align="center"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-143.jpg" width="450" height="361"/></div></td>
</tr>
<tr>
<td height="21" colspan="2"><div align="center"><em>Berlim, 1989 - 1996</em><br />
<em>[All photographs © by M.João : all rights reserved]</em></div></td>
</tr>
<tr bgcolor="#666666">
<td colspan="2" bgcolor="#666666"><span><font size="4" color="white">Nina Hagen - Seemann </font></span> <font size="2" color="yellow"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=wEFuVpD8HZ0&feature=related" target="_blank"><font color="#FFFF00">(Veja Vídeo)</font></a></font></td>
</tr>
<tr>
<td height="26" colspan="2"><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" width="290" height="24" id="audioplayer1">
<param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/NinaHagen-Seemann.mp3" /><param name="quality" value="high" /><param name="menu" value="false" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /></object></td>
</tr>
<tr>
<td width="50%" height="135" colspan="2"><div align="justify"><br />
<p><strong>Houve um tempo de ódio e revolta. <br />
De espera, mais do que de esperança.<br />
De alerta, mais do que de resignação. </strong></p><br />
<p><strong>Parou o tempo estupefacto,<br />
rebentou todas as comportas, <br />
atravessou o muro de vagas.</strong></p><br />
<p><strong>Há um tempo de energia e reconstrução.<br />
De espectáculo, mais do que de êxito.<br />
De reflexão mais do que de viagem.</strong></p><br />
<p><strong>Maria João</strong></p><br />
</div></td>
</tr>
</table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-51580493590416605932009-11-08T02:02:00.007+00:002012-12-17T03:22:30.323+00:00Um sorriso pendurado nas orelhas<table border="0" width="100%"><tbody>
<tr>
<td><br />
<div> <div align="center"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/sorriso.jpg" alt=" width="450" height="567" /></div></div></td>
</tr>
<tr>
<td> </td>
</tr>
<tr>
<td><br />
<p align="justify"><strong>Era sempre assim.<br />
Os interrogatórios, os relatórios, os olhitos assustados e os sons impacientes de quem aguarda a decisão.<br />
Era sempre assim, o rosto sério e a voz calma. Muita pergunta para ir ao encontro do que já sabia que encontraria.<br />
Maria quantos anos tens?<br />
João, queres ficar com quem?<br />
Dores de alma de pais e mães, e a decisão à espera de ser dada e entregue, a quem melhor a tratasse.<br />
Ana, queres ir para a escola?<br />
Rita, o pai é teu amigo. Não?<br />
Muitas vezes havia desenhos, palhaços, e colos com joelhos escondidos em roupas escuras que desapareciam ao fim de uma ou duas gargalhadas.<br />
Lembrava-se de um dia uma pequenita lhe ter pespegado um beijo, depois de uma máscara recortada e colocada em frente ao rosto para falar escondida atrás dela. Uma cara de sorriso até às orelhas que foi desfiando momentos sem sorrisos.</strong><br />
<br />
<strong>E no fim, depois de tudo visto cumpria decidir e, algumas vezes, olhando abraços e beijos de quem ficava feliz com a decisão, dava consigo com um sorriso enorme,……………. pendurado nas orelhas.<br />
_____</strong><br />
<br />
<strong>ACCB</strong></p></td>
</tr>
<tr>
<td height="21"><br />
<div>Cleópatra, aqui e no <a href="http://cleopatramoon.blogs.sapo.pt/" target="_blank">Cleopatra Moon</a></div></td>
</tr>
</tbody></table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-66094588040388499442009-11-07T01:50:00.006+00:002012-12-17T03:08:50.565+00:00Em terra estranha<table width="100%" border="0"><br/><tr><br/><td><br/><div align="center"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Mulher_Sagrada.jpg" width="450" height="336"/></div><br/></td><br/></tr><br/><tr><br/><td> </td><br/></tr><br/><tr><br/><td><br/> <p><strong>peregrino em terra estranha<br/> na solidão da distância que nos une<br/> assoma à memória a beleza de um rosto<br/> onde imperam dois horizontes cor de fogo<br/> e um rio de alabastro<br/> onde tantas vezes me perdi</strong></p><br/> <p><strong>nesta solidão onde me tenho cativo<br/> transfigura-se a terra<br/> metáfora de um ventre dilacerado pela<br/> dor de um amor ancorado na saudade<br/> do regaço onde anseio repousar</strong></p><br/> <p><strong>constituíste-te norte<br/> que orienta a minha existência<br/>és luz e teus olhos vitrais que a decompõe<br/> cintilando no meu interior<br/> com a beleza de um arco-íris que<br/> aflora à superfície alva de meu rosto<br/> dilapidando o contínuo do espaço<br/> e delineando o esboço de um manso sorriso<br/> que se alimenta na certeza<br/> de te saber no mundo</strong></p><br/> <p><strong>[Rui Amaral Mendes] </strong><br/> <em>(in Na luz do crepúsculo)</em></p></td><br/></tr><br/><tr><br/><td><br/><div align="right">Rui Amaral Mendes, aqui e no <a href="http://porto-fragil.blogspot.com/" target="_blank">Frágil</a></div><br/></td><br/></tr><br/></table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-55616137202697091892009-11-03T06:30:00.006+00:002012-12-17T03:08:50.559+00:00Postais do Sonho - Tolerância<table width="100%" border="0"><br/> <tr><br/> <td height="21"><div align="right"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-140.jpg" width="224" height="168"/></div></td><br/> <td><div align="left"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-141.jpg" width="224" height="168"/></div></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td height="21" colspan="2"><div align="right"></div><br/> <div align="center"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-142.jpg" width="450" height="338"/></div></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td height="21" colspan="2"><div align="center"><em>Alcobaça e Museu do Cerro da Vila - Portugal</em><br/> <em>[All photographs © by M.João : all rights reserved]</em></div></td><br/> </tr><br/> <tr bgcolor="#666666"><br/> <td colspan="2" bgcolor="#666666"><span><font size="4" color="white">Eva Cassidy - Somewhere Over the Rainbow</font></span> <font size="2" color="yellow"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=ccCnL8hArW8" target="_blank"><font color="#FFFF00">(Veja Vídeo)</font></a></font></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td height="26" colspan="2"><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" width="290" height="24" id="audioplayer1"><br/> <param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><br/> <param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/EvaCassidy-SomewhereOvertheRainbow.mp3" /><br/> <param name="quality" value="high" /><br/> <param name="menu" value="false" /><br/> <param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><br/> </object></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td width="50%" height="344" colspan="2"><div align="justify"><br/> <p><strong>Ontem e hoje vive-se numa combinação doentia, a dos Santos com os Finados. <br/> Mete até feriado e tolerância, num tipo de condescendência permissiva que nos orienta para a inevitabilidade do fim. </strong></p><br/> <p><strong>Será acaso ou necessidade esta vida que nos força à desmobilização final? </strong></p><br/> <p><strong>O alegado livre arbítrio, que nos dizem possuirmos, fica reduzido a ossos e sentimo-nos aprisionados entre paredes de claustros sombrios numa meditação forçada, enquanto as células se esgotam, quais aves agoirentas. Ou serão arcanjos? </strong></p><br/> <p><strong>Oferecem-se molhos de flores aos que já cá não estão e um mundo semelhante de virtualidades é-nos sugerido na net, nos símbolos hibernantes do inverno.</strong></p><br/> <p><strong>Antes das comemorações que se preparam para o renascimento da natureza, convém amachucar um pouco o topete desta gente. Pô-los em ordem. Humilhá-los bastante, se possível. Acho que foi assim que tudo começou, há séculos. </strong></p><br/> <p><strong>A malta festejava por tudo e por nada, embriagava-se nas vindimas, explorava as tentações da carne e… Pimba ! Dia de todos os Santos e, logo a seguir, dia de Finados que é para aprenderem.</strong></p><br/> <p><strong>Maria João</strong></p><br/> </div></td><br/> </tr><br/></table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-83067896671731281612009-10-26T18:16:00.006+00:002012-12-17T03:08:50.575+00:00Postais do Sonho - Acaso<table width="100%" border="0"><br/> <tr><br/> <td height="21"><div align="right"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-136.jpg" width="224" height="168"/></div></td><br/> <td><div align="left"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-137.jpg" width="224" height="168"/></div></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td height="21"><div align="right"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-138.jpg" width="224" height="298"/></div></td><br/> <td height="21"><div align="left"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-139.jpg" width="224" height="298"/></div></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td height="21" colspan="2"><div align="center"><em>[All photographs © by M.João : all rights reserved]</em></div></td><br/> </tr><br/> <tr bgcolor="#666666"><br/> <td colspan="2" bgcolor="#666666"><span><font size="4" color="white">Joe Cocker - One </font></span><font size="2" color="yellow"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=p_Cp8l396Lw" target="_blank"><font color="#FFFF00">(Veja Vídeo)</font></a></font></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td height="26" colspan="2"><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" width="290" height="24" id="audioplayer1"><br/> <param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><br/> <param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/JoeCocker-One.mp3" /><br/> <param name="quality" value="high" /><br/> <param name="menu" value="false" /><br/> <param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><br/> </object></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td width="50%" height="230" colspan="2"><div align="justify"><br/> <p><strong>Vai mudar a hora. Aquele progressivo escurecer da alvorada, que nos vinha atingindo desde Agosto, rebenta em luz. O amanhecer desponta e ofusca-nos. E tu gostas disso.</strong></p><br/> <p><strong>À tarde, tudo se prepara aceleradamente para um colapso desejável. Ele aí está, mais minuto, menos minuto, às 17:30. Pronto, acabou-se o dia. </strong></p><br/> <p><strong>Acaso ou necessidade, começo a sonhar contigo banhado por restos de poente: <br/> <em>“One love, one life…”</em></strong></p><br/> <p><strong>Ao longe, piscam as antenas das telecomunicações e uma vozearia virtual vem atacar-me no Twitter. Safa, com tanta espionagem vou já fazer down street pela vila.</strong></p><br/> <p><strong>Maria João</strong></p><br/> </div></td><br/> </tr><br/></table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-48565049317990026162009-10-20T12:15:00.006+01:002012-12-17T03:08:50.546+00:00Postais do Sonho - Fartura<table width="100%" border="0"><br/> <tr><br/> <td><div align="center"><br/> <table width="100%" border="0"><br/> <tr><br/> <td width="50%"><div align="right"></div><br/> <div align="right"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-130.jpg" width="224" height="168"/></div></td><br/> <td width="50%"><div align="left"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-131.jpg" width="224" height="168"/></div></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td><div align="right"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-132.jpg" width="224" height="168"/></div></td><br/> <td><div align="left"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-133.jpg" width="224" height="168"/></div></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td><div align="right"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-134.jpg" width="224" height="168"/></div></td><br/> <td><div align="left"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-135.jpg" width="224" height="168"/></div></td><br/> </tr><br/> </table><br/> </div></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td><div align="center"><em>Buenos Aires </em><br/> <em>[All photographs © by M.João : all rights reserved]</em></div></td><br/> </tr><br/> <tr bgcolor="#666666"><br/> <td bgcolor="#666666"><span><font size="4" color="white">Gotan Project - Una Musica Brutal </font></span></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td height="26"><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" width="290" height="24" id="audioplayer1"><br/> <param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><br/> <param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/GotanProject-Unamusicabrutal.mp3" /><br/> <param name="quality" value="high" /><br/> <param name="menu" value="false" /><br/> <param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><br/> </object></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td width="50%" height="192"><div align="justify"><br/> <p><strong>Bah… há qualquer coisa de abusado neste passeio de cães. Não que esta matilha seja estranha à fauna citadina das duas Américas. Mas a mim, que habito uma imitação de urbe europeia, tantos mimos e cuidados com os bichanos parecem-me um desperdício. </strong></p><br/> <p><strong>Quando me deparo com esta fartura em Buenos Aires, vem-me à ideia a escassez de que ali se queixam nas manifestações, os agricultores e outros que tais.</strong></p><br/> <p><strong>Bem, talvez entenda aquele excesso, se considerar que é mais um devaneio urbano, que combina com a jovialidade das mulheres nos bares,, com o barroquismo decorativo dos hotéis,,, com o espavento das borracheiras. </strong></p><br/> <p><strong>Mau,,,, já não combina tanto com os vendedores nas avenidas centrais.<br/> Mas isso é outra <em>“Música Brutal”</em>.</strong></p><br/> <p><strong>Maria João</strong></p><br/> </div></td><br/> </tr><br/></table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-22118844111976478302009-10-13T09:00:00.006+01:002012-12-17T03:08:50.501+00:00Postais do Sonho - Luta<table width="100%" border="0"><br/> <tr><br/> <td><div align="center"><br/> <table width="100%" border="0"><br/> <tr><br/> <td><div align="right"></div><br/> <div align="center"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-129.jpg" width="450" height="360"/></div></td><br/> </tr><br/> </table><br/> </div></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td><div align="center"><em>Anuta, Pacífico Sul - Fotos captadas na TV</em><br/> <em>[All photographs © by M.João : all rights reserved]</em></div></td><br/> </tr><br/> <tr bgcolor="#666666"><br/> <td bgcolor="#666666"><span><font size="4" color="white">Mike Oldfield & Anuta Tribe - Song for Survival </font></span> <font size="2" color="yellow"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=kkq0RLcbmIU" target="_blank"><font color="#FFFF00">(Veja Vídeo)</font></a></font></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td height="26"><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" width="290" height="24" id="audioplayer1"><br/> <param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><br/> <param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/MikeOldfield_AnutaTribe-SongforSurvival.mp3" /><br/> <param name="quality" value="high" /><br/> <param name="menu" value="false" /><br/> <param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><br/> </object></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td width="50%" height="192"><div align="justify"><br/> <p><strong>Não encontro notícias sobre Anuta, a mais remota ilha da Terra. <br/> A sua tribo terá sobrevivido ao último desastre natural? <br/> Saindo desse diminuto território vulcânico para pescar, os homens costumam matar à paulada, ou dar uma rápida dentada na cabeça de peixes que arrumam, mortos, em graciosas sacolas feitas de folhas de palma entrelaçadas.<br/> Gestos cheios de precisão e ternura, próprios dum povo que habita lugares cativos de tufões, sismos e tsunamis, onde o mar, os ukulele e as vozes das mulheres que cozem mandioca, se ouvem vinte e quatro horas por dia, tanto dentro, como fora dos seus limites.<br/> Tenho curiosidade em entender mais destas criaturas, tão sonhadoras, pacientes e frugais.<br/> Mas será que saberia, quereria e poderia acompanhar a sua luta?</strong></p><br/> <p><strong>Maria João</strong></p><br/> </div></td><br/> </tr><br/></table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-24359590765097169492009-10-05T21:00:00.006+01:002012-12-17T03:08:50.530+00:00Postais do Sonho - Encomenda<table width="100%" border="0"><br/> <tr><br/> <td><div align="center"><br/> <table width="100%" border="0"><br/> <tr><br/> <td><div align="right"></div><br/> <div align="center"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-128.jpg" width="450" height="359"/></div></td><br/> </tr><br/> </table><br/> </div></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td><div align="center"><em>[All photographs © by M.João : all rights reserved]</em></div></td><br/> </tr><br/> <tr bgcolor="#666666"><br/> <td bgcolor="#666666"><span><font size="4" color="white">Dulce Pontes - Mãe Preta </font></span><font size="2" color="yellow"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=ZAGudZOwIpY" target="_blank"><font color="#FFFF00">(Veja Vídeo)</font></a></font></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td height="26"><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" width="290" height="24" id="audioplayer1"><br/> <param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><br/> <param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/DulcePontes-MaePetra.mp3" /><br/> <param name="quality" value="high" /><br/> <param name="menu" value="false" /><br/> <param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><br/> </object></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td width="50%" height="363"><div align="justify"><br/> <p><strong>As cores da república e da monarquia sugerem ambiências distintas. <br/> Os vermelhos e os verdes são de uma crueza primária - dizem ao que vêm sem contemplações e com uma determinação vibrante. <br/> Já nos azuis clarinhos e nos brancos, quanta divagação, quanta quinta essência. </strong></p><br/> <p><strong>O escudo que as duas bandeiras ostentam, vem para dignificar a coisa. <br/> A coisa identitária, entenda-se, a que se mantém desde a fundação da nacionalidade. <br/> O minimalismo actual das artes não aconselharia um escudo. Haveria apenas um papagaio de cores, ou mesmo uma mancha negra, com um logótipo abstracto. Talvez pirata. </strong></p><br/> <p><strong>Que falta de patriotismo, pensarão alguns disto. <br/> Dirão que a soberania é para ser cultivada com atenção aos detalhes.<br/> Mesmo na maqueta de uma casa portuguesa não convém que se usem mansardas afrancesadas, nem confusões de estilo. <br/> E, na transição, terá sido assim com a bandeira:<br/> Atenção! Que a esfera e o escudo com as quinas apareçam bem definidos! </strong></p><br/> <p><strong>Este foi, certamente, um dos motes da encomenda. <br/> O resto foram revoluções com poucos tiros, mas alguns deles danados. </strong></p><br/> <p><strong>Maria João</strong></p><br/> </div></td><br/> </tr><br/></table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-13237032150568634322009-10-02T22:01:00.006+01:002012-12-17T03:08:50.491+00:00ExortaçãoNum velho livro topei com uma palavra escrita,<br/>Que como um choque me marcou e ilumina toda a minha vida:<br/>E quando me entrego ao prazer embotante,<br/>E à essência prefiro a aparência, a mentira e o falso semblante,<br/>Quando, de ânimo leve, a mim mesmo me engano com pequenos nadas,<br/>Como se fosse clara a escuridão, como se a vida não tivesse mil portas brutalmente fechadas,<br/>E repito palavras cuja vastidão nunca senti,<br/>E agarro coisas cujo sentido profundo não vivi,<br/>Quando, com mãos aveludadas, o sonho bem-vindo me acaricia<br/>E de trabalhos e dias me alivia,<br/>Alienado do mundo, estranho à minha própria consciência,<br/>Então ergue-se em mim essa palavra: Homem, torna à tua essência!<br/><br/>Ernst StadlerPortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-83925137620702563562009-09-28T20:01:00.006+01:002012-12-17T03:08:50.577+00:00Postais do Sonho - Caprichos<table width="100%" border="0"><br/> <tr><br/> <td><div align="center"><br/> <table width="100%" border="0"><br/> <tr><br/> <td width="50%"><div align="right"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-124.jpg" width="224" height="168"/></div></td><br/> <td width="50%"><div align="left"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-125.jpg" width="224" height="168"/></div></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td><div align="right"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-126.jpg" width="224" height="168"/></div></td><br/> <td><div align="left"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-127.jpg" width="224" height="168"/></div></td><br/> </tr><br/> </table><br/> </div></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td><div align="center"><em>Macau e Luanda</em> <br/> <em>[All photographs © by M.João : all rights reserved]</em></div></td><br/> </tr><br/> <tr bgcolor="#666666"><br/> <td bgcolor="#666666"><span><font size="4" color="white">Aerosmith - Livin' on the edge </font></span></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td height="26"><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" width="290" height="24" id="audioplayer1"><br/> <param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><br/> <param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/Aerosmith-Livinontheedge.mp3" /><br/> <param name="quality" value="high" /><br/> <param name="menu" value="false" /><br/> <param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><br/> </object></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td width="50%" height="211"><div align="justify"><br/> <p><strong>Pérolas, ouros, jades. Linhos, pratas, algodões.<br/> Luxos das arábias, asiáticos, do catano.<br/> <em>“Livin' on the edge”</em>, olhamo-los com desprezo.<br/> Com agrado, miramo-los de soslaio, <br/> procurando um lampejo, um colorido,<br/> um afago ao raciocínio.</strong></p><br/> <p><strong>Uns drops, uns balangandãs, <br/> a carruagem da Cinderela,<br/> o último modelo disto e daquilo,<br/> o último alguidar verde, <br/> o último comprimido,<br/> o último gole de água.</strong></p><br/> <p><strong>Caprichos.<br/> <br/> Maria João</strong></p><br/> </div></td><br/> </tr><br/></table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28434945.post-42977656512340387372009-09-21T10:24:00.006+01:002012-12-17T03:08:50.543+00:00Postais do Sonho - Existência<table width="100%" border="0"><br/> <tr><br/> <td><div align="center"><br/> <table width="100%" border="0"><br/> <tr><br/> <td><div align="center"><img src="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Imagens/Floripes-Crise-123.jpg" width="450" height="485"/></div></td><br/> </tr><br/> </table><br/> </div></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td><div align="center"><em>Lago Nakuru, Quénia</em> <br/> <em>[All photographs © by M.V.N.: all rights reserved]</em></div></td><br/> </tr><br/> <tr bgcolor="#666666"><br/> <td bgcolor="#666666"><span><font size="4" color="white">Ayub Ogada - Kothiboro! </font></span></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td height="26"><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" width="290" height="24" id="audioplayer1"><br/> <param name="movie" value="http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/pc-player.swf" /><br/> <param name="FlashVars" value="playerID=1&bg=0xf8f8f8&leftbg=0xeeeeee&lefticon=0x666666&rightbg=0xcccccc&rightbghover=0x999999&righticon=0x666666&righticonhover=0xffffff&text=0x666666&slider=0x3366cc&track=0xFFFFFF&border=0x666666&loader=0x6699ff&soundFile=http://cultarte.co.uk/bloguesomimage/Som/creat.sound/sounds/post/AyubOgada-Kothiboro.mp3" /><br/> <param name="quality" value="high" /><br/> <param name="menu" value="false" /><br/> <param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><br/> </object></td><br/> </tr><br/> <tr><br/> <td width="50%" height="211"><div align="justify"><br/> <p><strong>Horizontes de flamingos e pelicanos <br/> saciam-se num líquido de algas</strong></p><br/> <p><strong>Rinocerontes pastam</strong></p><br/> <p><strong>Nada a desejar nada a sonhar</strong></p><br/> <p><strong>Do céu chove a existência<br/> sobre o Lago Nakuru<br/> <br/> Maria João</strong></p><br/> </div></td><br/> </tr><br/></table>PortoCrofthttp://www.blogger.com/profile/05328174573459609302noreply@blogger.com3