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[All photographs © by M. João: all rights reserved] |
Como Lisboa, o aqueduto vai resistindo entre os taipais do tráfego. Aparece aos pedaços numa nesga e noutra, sobreposto por prédios, por TIRs, por meros sinais de trânsito. Uma construção classificada por uma vez. E desclassificada depois, a toda a hora. Nada a fazer para que se possa apreciar tal como era quando o construíram e tudo era ermo em seu redor. Da sua perícia construtiva resta o maior arco ogival de pedra, a maior extensão e, por aí fora, uma série de recordes. Nas festas populares lançam foguetório lá de cima e Lisboa rejubila, esquecendo os seus desaires. Ouvi um perdulário dizer: “Era o que mais faltava se ainda estivéssemos a apanhar cavacos para a lareira nos terrenos onde pousa o aqueduto, ou a mandar lavar roupa às lavadeiras que percorriam o seu topo, num longo caminho até Caneças”. Parece acertado, mesmo em época de crise. Afinal, já não conseguimos desistir dos automóveis e das máquinas de lavar… E as lavadeiras? Essas, com as Novas Oportunidades, sonham em vir a ser autarcas e deputadas. Maria João |
Monday, June 15, 2009
Postais do Sonho - Recordes
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