Porto Croft
Monday, December 17, 2012
Wednesday, June 9, 2010
As Lágrimas Estão Todas na Garganta do Mar
Sunday, March 21, 2010
O engate
rente aos grandes cinemas do mar
como se fosses o espelho côncavo de feira
onde posso mergulhar e renegar-me
sim
se olhares o céu lúgubre deste fim de século
se fizeres um movimento de farol com o cigarro
eu - que vou a passar - tudo verei
mas nada será meu
porque não se pode falar com o espectro mudo
do engate - nem o desejo se levantará
para seduzir o corpo daquele que se ausentou
mesmo assim conheço
todas as esquinas da imunda cidade que amo
mesmo assim sofro de insónias - imito o noitibó
o bêbado louco
gesticulo como aquele que já não sou e
outro não serei
mantenho-me de pé e fumo
dentro deste túmulo de incertezas onde
nos encostámos de mãos enlaçadas à espera
que uma qualquer cesura nos agonie e sejamos
obrigados a vender o corpo já usado
aos insuspeitos violadores de poemas
Al Berto
Monday, January 25, 2010
Aurora
aspiro aurora que conduz a matinal é o desejo tentar o amor entre elementos contrários existir Rui Amaral Mendes |
Rui Amaral Mendes, aqui e no Frágil |
Saturday, January 9, 2010
Postais do Tempo - Construção
[All photographs © by M.João: all rights reserved] |
Maria Bethânia - Casinha Branca (Veja Vídeo) |
Da vida, principalmente. Ãh?… nada disso importa? … Conheço quem gostaria de ser recordado como um pequeno Gandi, outros como pequenos Freud, como Madres Teresa, Madames Curie, Padeiras de Aljubarrota. Construção por construção, escolheria deixá-la em dois passarinhos enfeitando o pátio de uma “Casinha branca”. Maria João |
Thursday, December 31, 2009
O último dia
O último dia do ano Não é o último dia do tempo. Outros dias virão E novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida. Beijarás bocas, rasgarás papéis, Farás viagens e tantas celebrações De aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com sinfonia E coral, Que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor, O último dia do tempo Recebe com simplicidade este presente do acaso. Teu pai morreu, teu avô também. O recurso de se embriagar. Surge a manhã de um novo ano. As coisas estão limpas, ordenadas. Carlos Drummond de Andrade |
Rui Amaral Mendes, aqui e no Frágil |
Postais do Tempo - Éter
[All photographs © by M.João e A.C.: all rights reserved] |
Jeff Buckley - Hallelujah (Veja Vídeo) |
Que gritos são estes? Que fazemos aqui? Os blogues são a coisa menos delicada que conheço. Como todos sabem, delicados, mesmo, são os Dim Sum, Maria João |
Sunday, December 27, 2009
Uma visão...
Porquê reclinar-se, interrogar-se? Porquê eu e todos adormecidos? Walt Whitman |
Rui Amaral Mendes, aqui e no Frágil |