Constituí-me sepulcro aberto Receptáculo de um amor Que arquitectamos no Contínuo do espaço e do tempo... Nas montanhas dos afectos que diligentemente sulco Sou homem na busca incessante Da blandícia de um vale de cristal Em cuja profundidade anseio perder-me. Na luz da crepúsculo, Em que vivo a tua ausência, Antevejo as abluções nocturnas Que me conduzem à epifania De um sentimento maior Repousando no Éter Que sobrepuja o mundo absoluto Das efémeras percepções sensoriais. Voo no mais íntimo do teu ser Para me reencontrar No brilho de um lúzio cor de terra Que me fita com a bonança Da leve brisa que aflora a superfície Do meu cansado corpo Insuflando as velas do meu contentamento... [Rui Amaral Mendes] |
No comments:
Post a Comment